quarta-feira, 4 de abril de 2012

PM morre após ser baleado na Favela da Rocinha


Ele fazia um patrulhamento a pé quando foi surpreendido por criminosos.Quatro homens armados teriam feito os disparos no alto da comunidade.


Um policial do Batalhão de Choque foi morto no início da madrugada desta quarta-feira (4) na Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio. Segundo as primeiras informações da polícia, o PM foi baleado na axila durante um patrulhamento na comunidade. Essa é a terceira morte em menos de dez dias e a nona em quase dois meses na comunidade. Nesta manhã, não há registro de novos tiroteios na favela.
O policial chegou a ser levado por colegas para o Hospital Miguel Couto, na Gávea, também na Zona Sul, mas não resistiu.
O BPChoque informou que o policial e outros PMs faziam um patrulhamento a pé na localidade conhecida como 99, na parte alta da Rocinha, quando foram surpreendidos por quatro homens armados por volta de meia-noite. Após os tiros, os criminosos fugiram.
O caso será investigado pela Divisão de Homicídios (DH), na Barra da Tijuca, na Zona Oeste.
Outras mortes
Desde a prisão do traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, o controle do tráfico na comunidade é disputado por criminosos de facções rivais.

No domingo (1º), um homem identificado como Alexandre da Cunha Fernandes, de 30 anos,foi morto na localidade Via Ápia. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Na noite de segunda-feira (2), a Polícia Civil informou que o suspeito de cometer o crime já foi identificado por agentes da DH.

Na semana passada, o líder comunitário Vanderlan Barros de Oliveira, conhecido como Feijão, foi morto a tiros quando chegava à associação de moradores. Dias antes, um tiroteio matou quatro pessoas.

Os crimes são investigados pela DH.
Por conta da violência, a Polícia Militar chegou a reforçar o patrulhamento na comunidade, com 300 homens. Mas a Secretaria de Segurança Pública já anunciou que mais 700 policiais, todos recém formados, vão ajudar a patrulhar a favela.
Denúncia de propina
A Secretaria de Segurança também abriu inquérito para apurar suspeitas de pagamento de propinas a policiais na Rocinha
Pela denúncia, os PMs receberiam R$ 80 mil por mês para facilitar a vida de traficantes e não reprimir a venda de drogas em alguns locais da comunidade. Segundo documento da Polícia Civil de fevereiro, os policiais teriam recebido ainda R$ 200 mil de entrada. A venda de drogas estaria sendo feita em pontos escondidos da comunidade, enquanto os PMs fariam o patrulhamento nas ruas principais da Rocinha.

Operação Choque de Paz
A comunidade da Rocinha, além do Vidigal e da Chácara do Céu, foi ocupada pacificamente pelas autoridades policiais no dia 13 de novembro de 2011, durante a Operação Choque de Paz. Segundo o governo do Rio, a ocupação havia sido planejada há vários meses pelo serviço de inteligência das forças de segurança. Cerca de 3 mil policiais participaram da ação.

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